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O que é a Prevenção Combinada?

Ministério da Saúde chama atenção para a eficácia da combinação de diferentes métodos preventivos

O uso do preservativo, masculino ou feminino, não é o único método para manter-se prevenido da infecção pelo vírus do HIV. A Prevenção Combinada é um conjunto de estratégias que podem ser utilizados pela mesma pessoa de forma isolada ou combinada. A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), o teste rápido e a prevenção da transmissão de mãe para filho são alguns pontos abordados na mandala da prevenção, que guia esse tipo de abordagem e que devem ser determinados de acordo com as populações e os contextos em que estão inseridas.

 

"O objetivo é não centralizarmos a prevenção apenas no uso do preservativo, ou só no teste rápido, mas sim avaliar as pessoas enquanto indivíduos e entender quais são as suas exposições e vulnerabilidades. E aí sim, ofertar para um indivíduo o método preventivo que ele necessita de acordo com a vulnerabilidade dele", explica a Coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do Centro de Saúde Santa Marta, no Centro de Porto Alegre, Daila Raenck. Ela afirma também que a lógica da prevenção combinada é o que vem norteando todas as ações do município no último ano.

A prevenção combinada, portanto, pode ser feita a partir de diferentes campos - como o biomédico, o comportamental e/ou o socioestrutural - com a intenção de responder às necessidades específicas de determinadas populações e de determinadas formas de transmissão do HIV. As Intervenções Biomédicas são ações voltadas à redução do risco de exposição e podem desenvolver barreiras físicas ao vírus, como com o uso de preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante à base de água, que diminui o atrito no ato sexual e, consequentemente, a possibilidade de microlesões que funcionam como porta para o HIV. Ainda no campo biomédico, estão as ações baseadas no uso de antirretrovirais, como a PrEP e a PEP, além do tratamento para pessoas que vivem com HIV, com o objetivo de atingir uma carga viral indetectável.

Ouça os podcasts sobre os serviços de prEP e pep:

Fonte: Ministério da Saúde.

As Intervenções Comportamentais, por outro lado, buscam o aumento da informação sobre as formas de transmissão do vírus e funcionam, por exemplo, a partir do incentivo à testagem, redução de danos para as pessoas que usam álcool e outras drogas, e estratégias de comunicação e educação. A redução de danos é hoje a parte da mandala da prevenção que menos recebe atenção, conforme relata a coordenadora da  seção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) - HIV/Aids, da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS), Ana Baggio. Entre as deficiências nesse quesito está também a divulgação da PrEP, que, como não é disponibilizada em todo o Estado, precisaria ser divulgada essencialmente a partir dos canais do Município.

 

As Intervenções Estruturais, em última instância, são voltadas às condições socioculturais que tornam possível a vulnerabilidade de determinados grupos sociais. Por isso, as ações de defesa dos direitos humanos e rodas de conversa sobre gênero e sexualidade são cruciais nesse ponto.

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