A sociedade civil integra a rede de prevenção e tratamento ao HIV/Aids
Mesmo com a diminuição do investimento público em Organizações Não Governamentais, muitos ativistas seguem fazendo o trabalho do dia a dia
O Fórum de ONGs Aids foi fundado em 1999 e surgiu com a proposta de articular em rede os diversos movimentos que auxiliam na prevenção e no tratamento do HIV/Aids no Rio Grande do Sul. O Coordenador Técnico do Fórum, Rubens Raffo, afirma que 52 Organizações Não Governamentais que trabalham com pessoas que vivem com HIV/Aids fazem parte do projeto. Em Porto Alegre, 12 ONGs oferecem hoje algum tipo de atendimento ao público, mas nem todas possuem uma sede aberta para atendimento ao público. “Trabalhamos com as populações afetadas nos ambientes que elas frequentam, sempre respeitando e entendendo suas diferenças. Coisa que nem sempre elas encontram na rede pública de saúde”, analisa Raffo.
Através de diversas estratégias de conscientização, o Fórum busca a redução de danos com rodas de conversa e a incidência política no Conselho Municipal de Saúde e nos espaços públicos de debate. Atividades de autoaceitação, principalmente em datas como o Dia Mundial de Combate à Aids, objetivam a desconstrução de preconceitos com a doença e são ferramentas utilizadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas soropositivas. Além disso, a articulação pode funcionar como instrumento de defesa em casos de transgressão e violação dos direitos humanos contra pessoas que vivem com HIV/Aids.
A responsável da Secretaria Estadual de Saúde pelos convênios com a sociedade civil organizada, Silvana Lopes da Rosa, explica que, desde o ano passado, nenhuma ONG possui associação com o Estado de forma direta. Agora, a única organização conveniada é o Fórum ONG Aids do Rio Grande do Sul, que ficou responsável por fazer a comunicação entre ONGs do RS e o poder público funcionar.
O problema, muitas vezes, é que algumas ONGs seguem conveniadas ao Fórum, mesmo após encerrar os projetos que tematizam o HIV/Aids. Por mais que seja do interesse das organizações que a atuação continue, a falta de financiamento, em geral, é a maior barreira para que estes trabalhos sigam sendo feitos. Atualmente, a única instituição conveniada que atende pessoas que vivem com HIV é a Casa Fonte Colombo, que é mantida pela Associação Literária São Boaventura pertencente à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos do RS.
Raffo explica que, desde 2011, o Fórum busca em parceria com a Promotoria Pública do Estado e com o Município um espaço físico que possa abrigar todas ONGs vinculadas e, assim, fundar uma sede definitiva. Atualmente, a entidade ocupa uma sala comercial no Centro da capital e, em função dessa restrição de espaço, não faz atendimento ao público lá, mas desenvolve atividades de estreitamento de relações entre o poder público e as ONGs, bem como entre as próprias ONGs.
Abaixo, você pode conferir a lista de ONGs vinculadas ao Fórum e como encontrá-las:
Casa Fonte Colombo
Rua Hoffmann, 499 - Bairro Floresta
Fone: (51) 3346-6405
ACMUN - Associação Cultural de Mulheres Negras
Rua Vigário José Inácio, 371 - sala 1919 - Centro Histórico
Fone: (51) 3062 - 7009
Coletivo Feminino Plural
Rua General Andrade Neves, 159, sala 85, 8º andar - Centro Histórico
Fone: (51) 3221-5298
FBB/RS - Federação de Bandeirantes do Brasil – RS
Rua General Vitorino, nº 305 / Sala 402
Fone: (51) 3012-5400
Igualdade - Associação de Travestis e Transexuais de Porto Alegre
R. dos Andradas, 1560 - Galeria Malcon, 6º andar - Conjunto 613 - Centro Histórico
Fone: (51) 3029-7753
Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras
Tv. Franscisco de Leonardo Truda, 40 - Centro
Fone: (51) 3286-8482
NEP (Núcleo de Estudos da Prostituição)
R. dos Andradas, 1560 - Galeria Malcon, 6º andar - Centro Histórico
Fone: (51) 3224-1560
Themis - Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero
R. dos Andradas, 1137 - Centro Histórico
Fone: (51) 3212-0104
ONGs QUE ATUAM SEM SEDE:
ARDPOA - Associação de Redutores de Danos de Porto Alegre
APVHA - Associação de Pessoas Vivendo Com HIV/Aids
MNCP - Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas