Incidência em dados:
Porto Alegre
Para entender o porquê de Porto Alegre ser a Capital do HIV é preciso, em um primeiro momento, analisar os dados da incidência na capital gaúcha, principalmente quando comparados às demais capitais do Brasil. Outro ponto relevante é o confronto entre a prevalência de HIV/Aids - e de mortalidade por Aids - no Município, as taxas de prevalência do Rio Grande do Sul como um todo e do país.
O Boletim Epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde, referente aos dados de 2017, mostram que, comparada à todas as demais capitais do Brasil, Porque Alegre possui a maior taxa média de mortalidade por Aids na população geral nos últimos 3 anos. A taxa da capital gaúcha é mais de duas vezes maior que a da quinta colocada, Florianópolis, e é 0,6 vezes maior que Belém, que está em segundo no ranking. No primeiro gráfico abaixo (da esquerda para a direita), é possível observar como a diferença entre Porto Alegre e as demais capitais é visivelmente notável.
De 2010 para 2016, ocorreu uma queda de 38,9% de casos de Aids em Porto Alegre. Quando lida-se com o cenário nacional, essa redução se confirma. A incidência da infecção pelo HIV no Brasil, de 2016 para 2017, decresceu 42,81%.
A incidência de HIV a cada 100 mil habitantes de Porto Alegre, referente à 2016, mostra que, tecnicamente, o que acontece é uma endemia de HIV - e não uma epidemia, como dito popularmente. Isso porque esse tipo de infecção ocorre habitualmente, e com incidência significativa, em uma determinada região específica, se concentrando e fazendo dela - a região metropolitana de Porto Alegre - uma “faixa endêmica”. A endemia não é uma infecção generalizada, como já foi há alguns anos o HIV no Brasil.